Londres, outubro de 2024 – Um novo suplemento, desenvolvido e estudado por cientistas de prestígio, está mudando a vida de milhares de pessoas na Europa.

Chamado de Psilocibina Sintética Controlada (PSC), ele é baseado em uma substância derivada de fungos, especificamente aqueles com propriedades psicoativas, mas agora padronizada para efeitos controlados e terapêuticos. A descoberta surgiu a partir de uma série de estudos clínicos publicados recentemente e que apresentam resultados impressionantes no tratamento de doenças mentais resistentes, como depressão e ansiedade crônicas.
A substância já se encontra em fase de teste em clínicas regulamentadas no Reino Unido, Suíça e Holanda, onde pacientes relatam melhoras significativas e duradouras. Diversas publicações científicas, incluindo o Journal of Psychopharmacology e a Lancet Psychiatry, já apresentam a PSC como uma promessa no tratamento da saúde mental.
Como a Psilocibina Sintética Controlada Atua no Cérebro
Os cientistas explicam que a PSC age sobre os receptores de serotonina, que são responsáveis por regular o humor, o bem-estar e a percepção sensorial. Diferente dos medicamentos tradicionais, essa substância não é administrada de forma contínua. Em vez disso, doses únicas ou pequenas sessões são o suficiente para induzir mudanças cerebrais duradouras, o que a torna uma alternativa inovadora aos medicamentos antidepressivos tradicionais, que precisam ser tomados diariamente e, muitas vezes, vêm acompanhados de efeitos colaterais indesejados.
“Estamos observando uma resposta neurológica muito mais eficaz do que a esperada com tratamentos convencionais,” afirma Dr. Anthony Hill, pesquisador do King’s College London e coordenador de um dos principais estudos na área.
Os Benefícios Documentados da PSC para Saúde Mental
Em um estudo publicado pelo King’s College London, 89% dos pacientes com diagnóstico de depressão resistente ao tratamento apresentaram uma redução significativa nos sintomas após o uso da PSC. Mais da metade dos participantes manteve os benefícios após seis meses. A substância também mostrou efeitos positivos em casos de ansiedade generalizada, estresse pós-traumático (TEPT) e até mesmo em questões de vício, onde há registros de sucesso em pacientes que lutavam contra dependência de álcool e drogas.
Redução dos Efeitos Colaterais
A PSC também é promissora devido à baixa ocorrência de efeitos colaterais. Diferente de antidepressivos, que muitas vezes causam problemas como aumento de peso, disfunções sexuais e insônia, a PSC, quando administrada de forma controlada e em ambiente terapêutico, mostrou-se mais segura.
“É a primeira vez que vemos uma substância psiquiátrica com esses resultados e tão poucos efeitos colaterais,” explica a Dra. Amélia Roux, psicóloga francesa e especialista em terapias alternativas.
Acesso e Regulamentação
Na Europa, a PSC ainda é regulamentada e restrita a clínicas autorizadas, onde médicos e terapeutas supervisionam cada sessão. Esse nível de controle é essencial para garantir a segurança do paciente, uma vez que os tratamentos com substâncias psicoativas exigem acompanhamento especializado. A Suíça foi pioneira ao aprovar o uso experimental da PSC, seguida pelo Reino Unido e a Holanda, países que também adotaram regulamentações temporárias que permitem estudos em larga escala.
O sucesso inicial e a segurança registrada nos primeiros estudos estão impulsionando o movimento para que a substância seja amplamente liberada. Em breve, especialistas esperam que outros países europeus adotem políticas similares e incentivem o uso regulamentado dessa substância para um maior alcance de pessoas que sofrem com problemas de saúde mental.
“Esse é um passo em direção a um futuro onde não dependeremos apenas de antidepressivos tradicionais, mas sim de tratamentos personalizados e menos invasivos,” comenta a Dra. Roux.
Como a Nova Descoberta Está Transformando Vidas
O impacto da PSC vai além dos números em estudos clínicos. Pacientes que participaram dos ensaios compartilham histórias inspiradoras de transformação e alívio. Jean-Pierre Lemoine, um dos participantes do estudo na França, relata que após anos de tentativas frustradas com diferentes antidepressivos, sentiu uma melhora consistente e duradoura com apenas duas sessões supervisionadas.
“É como se finalmente eu tivesse uma nova perspectiva de vida, algo que parecia impossível após anos de luta contra a depressão,” afirma Jean-Pierre.
Muitos dos pacientes que experimentam a PSC relatam uma sensação de leveza e um aumento na capacidade de refletir sobre as próprias emoções, proporcionando-lhes uma clareza mental que não tinham há muito tempo.
PSC: Um Novo Modelo de Terapia
A PSC não só apresenta benefícios médicos, mas também está mudando o modelo de terapia para saúde mental. Terapeutas e psiquiatras envolvidos nos ensaios clínicos adotam uma abordagem de integração, onde cada sessão com a substância é seguida de sessões de terapia de integração, para que o paciente possa processar as emoções e insights vivenciados durante o tratamento. Isso não só enriquece o processo terapêutico, mas também cria um ambiente seguro e colaborativo.
Estudos indicam que essa combinação entre a PSC e a psicoterapia está levando ao desenvolvimento de novas metodologias de tratamento. Os pacientes não apenas enfrentam melhor os sintomas, mas também alcançam uma compreensão mais profunda das raízes de suas questões emocionais.
O Que o Futuro Reserva para a PSC?
A PSC representa um futuro promissor para o tratamento da saúde mental. Atualmente, ela é usada principalmente em ensaios clínicos, mas a pressão para regulamentação mais ampla é crescente. Especialistas esperam que, à medida que mais pesquisas e histórias de sucesso sejam documentadas, a substância possa ser liberada para tratamentos controlados em países da Europa e, futuramente, ao redor do mundo.
Esperança e Revolução na Saúde Mental
Essa nova abordagem para a saúde mental está dando esperança a milhares de pessoas que já não encontravam alternativas em tratamentos convencionais. A revolução da PSC reflete uma mudança de paradigma, onde a medicina e a terapia caminham juntas para alcançar um resultado mais abrangente e menos invasivo.
À medida que mais histórias como a de Jean-Pierre se tornem conhecidas e que mais pesquisas mostrem a eficácia da PSC, veremos, sem dúvida, um impacto profundo e duradouro no mundo da psiquiatria. A promessa da PSC está apenas começando a ser desvendada, mas seu potencial já é celebrado como um marco na história da saúde mental.

A psilocibina, originalmente, é um composto psicoativo encontrado em mais de 180 espécies de cogumelos, conhecidos como “cogumelos mágicos” ou Psilocybe. Ela é extraída dos corpos frutíferos desses fungos, com alta concentração especialmente em espécies como Psilocybe cubensis e Psilocybe semilanceata.
A versão sintética da psilocibina é produzida em laboratório por meio de um processo de síntese química, o que permite que seja purificada e padronizada em dosagens específicas. Esse processo elimina as variações naturais da substância e as toxinas presentes em cogumelos inteiros, tornando a psilocibina sintética mais segura para uso médico e estudos científicos.
Em laboratório, a produção da psilocibina sintética começa com uma reação em cadeia que cria o composto em seu estado puro, normalmente utilizando técnicas de síntese orgânica. Isso permite que cientistas regulem exatamente o conteúdo e os efeitos da substância, possibilitando tratamentos padronizados e seguros em contextos médicos e de pesquisa.
Por Claudina Granzotto (Escritora, Master em Medicina Biológica, NeuroPedagoga, Psicoterapeuta)
fonte de pesquisa científica: estudo publicado pelo King’s College London